Quarta-feira, 30 de Dezembro de 2009

 

António Nunes Farias e Mário Jorge Raposo, jornalista e repórter de imagem da Rádio Televisão Portuguesa, para além das suas funções laborais, partilham o gosto pela fotografia e também pela história que envolve o maior conflito bélico da história da Humanidade.

 

No ano passado, Mário Raposo viajou até ao campo de concentração de Auschwitz, hoje transformado em museu, e foi também testemunha da “Shoah”, nome hebraico para definir holocausto, extermínio, genocídio”. A passagem por um lugar onde há cerca de 70 anos foram assassinados milhões de seres humanos marcou este repórter de imagem. Um ano depois, foi a vez de António Nunes Farias se deslocar a uma outra cidade polaca, Treblinka, e registar também em imagens, as provas ainda visíveis daqueles dias negros, em que o partido nazi confinava a guetos, o povo judaico.

 

O resultado dessas duas visitas acabou por dar origem a uma exposição fotográfica composta por 20 imagens, tendo cada um dos autores escolhido dez visões diferentes dos locais onde foram para expressar a sua leitura desta passagem negra da história. A mostra, intitulada “Shoah” foi inaugurada no dia 20 de Dezembro, no Museu Judaico de Belmonte e estará patente até ao dia 20 de Janeiro de 2010. A mostra irá depois passar por todas as lojas “Ponto Já” da região e também diversas escolas. O evento é também possível devido ao patrocínio do Instituto Português da Juventude, através da Direcção Regional do Centro e da Empresa Municipal de Belmonte.

 

[Via Associação Memória e Ensino do Holocausto]

 

Contactos para informações:

t: 272 348 000 | e: ipj.cbranco@ipj.pt

t: 275 913 505 | e: museujudaico.belmonte@net.vodafone.pt



publicado por Marco Moreira às 15:21
Terça-feira, 29 de Dezembro de 2009

A 11 de Março de 1943, toda a Comunidade Judaica de Monastir na Macedónia jugoslava foi reunida e enviada para norte, para um acampamento transitório no armazém de tabaco de Monopol, em Skopje. Aí reunidos, desde Skopje e Shtip, foram enviados para o Campo de Concentração de Treblinka em três transportes. À excepção de alguns estrangeiros e médicos que foram libertados, nenhum Judeu originário de Monastir sobreviveu a Treblinka.

 

Jamila Andjela Kolonomos foi, de um punhado de judeus, uma das que escapou às deportações. Como membro da resistência jugoslava encontrava-se escondida na altura do acontecimento e com vários companheiros judeus teve hipótese de fugir e alistar-se no Exército Partisano.

 

'Monastir Without Jews' é uma autobiografia que lembra o destino da Comunidade Judaica de Monastir durante o Holocausto - é também um testemunho da presença judaica na resistência jugoslava, conforme lembrado pelos vários Judeus partisanos condecorados. Adaptado a partir de uma compilação de ensaios e artigos em Ladino (Judeo-Espanhol), Monastir Sin Djudyos foi editado no ano passado pela primeira vez em inglês com a adição de 150 fotografias pessoais e de arquivo.

 

É uma obra rara que constituí um testemunho fundamental para conhecer a vida e a morte desta comunidade sefardita.



publicado por Marco Moreira às 09:16
 
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