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«Sabia que mais de metade das receitas projectadas com a subida do IVA vão "direitinhas" para os cofres de uma empresa privada? Sabia que as transferências dos dinheiros do Estado para esta empresa equivalem a mais de metade das poupanças arrecadadas com o corte de salários dos funcionários públicos?»
Álvaro Pereira Santos explica "tudinho" AQUI
Numa fase em que os portugueses tentam lidar com a intromissão do estado nas sua vidas, regulamentar parece ser a palavra de ordem nas mentalidades socialistas. Esteja presente no pão que comemos, esteja na educação sexual dos nossos filhos, este fenómeno veio (ao que parece) para ficar. As responsabilidades pessoais ficam para segundo ou terceiro plano, onde jaz a meritocracia há muitos anos.
O exemplo americano é extraordinário. Barack Obama é por muitos dos seus adversários apelidado de socialista. Algo que tendo a discordar. Mas será que a primeira-dama nutre uma maior admiração por esta forma de governo?
Tenho de admitir que deverá ser bastante complicado ser primeira-dama americana. A constante pressão dos média no sentido desta "apresentar serviço" aliada ao facto de ter sempre as prioridades filantrópicas debaixo de olho, não é brincadeira de crianças. Mas Michelle, preferiu arriscar, pela saúde das crianças americanas e seus pais que tendem a ser cada vez mais pesados. Michelle desafia os restaurantes a terem menus pouco calóricos, com pouco sal e pouca gordura. Michelle desafia ao fim ao cabo, a falência de uma das grandes indústrias empregadoras do seu país. A indústria do fast-food.
É certo que há valores maiores que os valores económicos e a saúde é sem sombra de dúvida um deles, mas parece-me pouco coerente que se regule a comida que ainda podemos escolher e se liberalize o consumo de drogas leves (e outras menos leves), como a pouco e pouco vários estados americanos têm vindo a fazer.
O desafio de Michelle não tem nada de filantropista. Persuadir os americanos a "comer saudável" parece-me óptimo, ainda que para o fazer, a primeira-dama e sua equipa de campanha custe aos cofres do estado milhares de dólares. Dúvidas houvesse, a desculpa da filantropia acaba no momento em que o Senado passa um documento de 280 páginas, apresentado pela mesma e respectiva equipa, que consiste em activamente persuadir as cantinas escolares a seguir um programa, com prémios para os melhores desempenhos. Isto é, chantagear a escolas democraticamente.
Nessa altura, caso o programa "Healthy Hunger-Free Kids Act" seja implementado irá custar, para além de mais um pouco da liberdade dos americanos, milhares de milhões de dólares. Tudo porque Michelle quer trocar batatas-fritas por cenouras na dieta dos americanos.