OS CUSTOS DAS COMEMORAÇÕES DA REPÚBLICA
«Os gastos com a comunicação das Comemorações do Centenário da República, a decorrer em 2010, já somam 344,4 mil euros. No total, a Comissão responsável pelo evento disponibilizou até agora 724 114,5 euros, para contratos feitos com empresas por ajuste directo, isto é, sem recurso a concurso.
Para Paulo Teixeira Pinto, presidente da Causa Real e ex-presidente do BCP, “a política é fazer escolhas e fazer escolhas é ter prioridades”. “Não se deve fazer ajustes directos e, neste momento, é completamente desproporcional à realidade e inoportuno”, critica, em declarações CM.
Para preparar o evento, que terá acções pontuais entre 31 de Janeiro e 5 de Outubro de 2010, esta Comissão, presidida pelo responsável do BPI, Artur Santos Silva, já investiu 724 114,5 euros. Num ano em que Portugal atravessa uma das maiores crises financeiras, as comemorações, têm um orçamento de dez milhões de euros proveniente do Orçamento do Estado.
Para dar conhecimento do evento, a Comissão contratou a construção do site www.centenariorepublica.pt. O design foi atribuído a Henrique Cayatte, Lda e custou 99 500 euros. Ao conceituado designer foram ainda pagos, a título pessoal, outros 90 mil euros pela prestação de serviços e aquisição de material de suporte à comunicação dos eixos programáticos.
A Comissão de Honra das Comemorações, presidida por Cavaco Silva, conta com 13 elementos, entre eles Jaime Gama, presidente da AR, José Sócrates, primeiro-ministro, e Noronha do Nascimento, presidente do Supremo Tribunal de Justiça. Além disso, há uma Comissão Consultiva de 17 pessoas, presidida pelo ministro Pedro Silva Pereira, e da qual fazem parte, por exemplo, Júlio Isidro e Margarida Pinto Correia.»
Márcia Bajouco in 'Correio da Manhã' (11 de Novembro de 2009)
[via Real Associação de Lisboa]
Nota de interesse: A monarquia espanhola fica mais barata aos seus cidadãos do que a república portuguesa. Segundo o Prof. Charles Powell, seis em cada dez espanhóis pensa que a monarquia parlamentar é a forma mais adequada de governo, e apena dois em cada dez pensa que seria melhor uma República, seja ela presidencial ou parlamentar. A maior parte das pessoas também valoriza positivamente o papel histórico desempenhado pelo Rei.