Quarta-feira, 15 de Setembro de 2010

Os custos para Portugal aumentam para os máximos do ano na emissão de hoje de Bilhetes de Tesouro a 12 meses, registando valores aos 3.369%, muito acima do anterior 2.756% de 1 de Setembro e acima dos valores registados no pico das tensões dos mercados de dívida soberana em Maio de 2010. Portugal está a pagar entre 2 a 3 vezes mais do que países como a Itália, Espanha ou Holanda. De registar uma contracção da procura face aos anteriores leilões na mesma maturidade, para perto de metade da procura verificada nos leilões de início do ano.

 

Esta semana os mercados de dívida vão estar em teste e sobre grande pressão, visto que estavam calendarizadas emissões totais na ordem dos €27 mil milhões, bem acima da média semanal. Amanhã é a vez da Espanha recorrer aos mercados de dívida, com dupla emissão de dívida a longo-prazo.

 

[ Via GoBulling Banco Carregosa ]



publicado por Marco Moreira às 11:47
Terça-feira, 08 de Junho de 2010

O Fundo Monetário Internacional vai propor na reunião dos ministros das finanças do G20 que sejam criados dois novos impostos sobre o sector financeiro. Um deles tem por base ser um suposto contributo à estabilidade financeira sobre as receitas bancárias devidamente ajustado ao risco que assumem e um outro imposto sobre operações financeiras que funcionará mal-comparado um pouco como o IVA.

 

Claro está que são propostas que não irão gerar qualquer consenso. Isto porque o preço das operações, das comissões e outros serviços e taxas vai naturalmente subir graças ao principio da reprodutibilidade. Resultado: os clientes serão certamente os pagadores (in)directos destes impostos, afectando uma vez mais a actividade económica. Aproveitando os “slogans” de responsabilização da crise ao sector bancário, a classe política acha-se no dever de culpar a banca seja do que for, acabando por afectar o núcleo da actividade económico-financeira.

 

Uma vez que na esmagadora maioria dos países o financiamento da economia é garantido pela banca e não pelo mercado de capitais podemos desde já especular sobre quem serão os primeiros a “chorar”.



publicado por Marco Moreira às 09:49
 
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