'TODO-O-MUNDO' não é uma alegoria; é uma narrativa real. Não é sobre todo-o-mundo; é sobre um indivíduo específico. Não trata simplesmente de um Judeu secular nova-iorquino, com um irmão "avaliado" em cinquenta mil dólares, três esposas e a oportunidade de uma relação fugaz com uma modelo dinamarquesa. Ainda assim, a vida do protagonista liga-se a aspectos da experiência humana de forma dura e profunda. Um homem de setenta e um anos, multi-divorciado, bem sucedido na área da publicidade, encara a sua deterioração física aproximando-se da morte - sem a ajuda da religião ou da filosofia.
São três, os temas principais. O primeiro é a exploração do provérbio escocês «um membro masculino despertado não tem consciência» … enfim, não é bem assim mas preferi o decoro à ordinarice. Isto é, quando este segue os seus impulsos os resultados são geralmente desagradáveis. O segundo e mais complexo tema, é a ilustração da noção de Yeats, segundo a qual à medida que envelhecemos sentimos um crescendo como se o coração estivesse «amarrado a um animal moribundo». O livro é uma meditação sobre a morte, mas mais em particular uma meditação na forma como o nosso corpo falha e nos trai. O terceiro é a importância da família e amigos. A família, em particular, um nexus de relacionamentos que temos por importante assim que paramos de ser egoístas e começamos a tornarmo-nos mais sábios.
Uma estória excepcionalmente escrita e inspirada. É um livro severo sem ser deprimente. Erótico sem ser escandaloso. Rico em detalhes e descrições. Um romance "rápido e brutal, acerca de um assunto comum e pesaroso".
Em baixo têm a oportunidade de ouvir uma entrevista que Philip Roth deu à NPR (National Public Radio) em Maio de 2006: