Segunda-feira, 20 de Setembro de 2010

 

  1. Israel irá participar no Festival de Cinema Gay deste ano com 3 filmes.
  2. A Embaixada de Israel em Portugal associou-se ao acontecimento.
  3. Estes meninos acompanhados destas meninas decidiram juntar-se a uma série de "activistas" para boicotar o apoio da embaixada do único país do médio-oriente onde os gays gozam de liberdade e não são sumamente executados pelo simples facto de o serem.

 

Eu proponho que a parada gay deixe de se fazer em Tel-Aviv e passe a fazer-se em Gaza... pode ser que corra bem!



publicado por Marco Moreira às 18:46
Sexta-feira, 11 de Junho de 2010

» Mais uma excelente crónica de Henrique Raposo no jornal Expresso



publicado por Marco Moreira às 10:36

A incitação ao ódio em relação ao estado de Israel há muito que deixou de ser considerado um acto racista. Hoje, felizes daqueles que com orgulho criam um cartoon anti-israel, visto que a componente política anti-sionista é claramente uma mais valia para receberem prémios monetários à conta do “bota-abaixismo” ao estado judaico.

 

Este VIDEOpostado com orgulho pelo Daniel Oliveira no seu Arrastão, entítulado “Israel: Pirates” e concorrente ao Prémio Stuart de Desenho de Imprensa* é um exemplo explícito do que vos falo…

* patrocinado pela Casa de Imprensa e o El Corte Inglés



publicado por Marco Moreira às 10:33
Segunda-feira, 07 de Junho de 2010

Lendária jornalista da Casa Branca, a “liberalíssima” Helen Thomas de 89 anos demite-se depois do video de 27 de Maio ‘10 expôr aquilo que esta pensa em relação aos israelitas:

 

“get the hell out of Palestine” (…) “go home to Germany and Poland”

 

Helen já se mostrou arrependida. Resta saber se é por dizer o que disse ou de ter sido “apanhada” a fazê-lo…



publicado por Marco Moreira às 09:27
Sexta-feira, 04 de Junho de 2010

 

 

Cerca de meia centena de “activistas” pró-palestina estiveram hoje em frente à embaixada israelita em Lisboa para exprimir todo o seu ódio pelo estado judaico.

 

Membros da Juventude Comunista, Partido Operário de Unidade Socialista, CGTP (!) e outras da esquerda totalitária fizeram questão de estar presentes e mostraram toda a sua “solidariedade” com a “causa”. A imagem fala por si…



publicado por Marco Moreira às 09:13
Domingo, 23 de Maio de 2010

 

Quem já visitou a cidade de Praga na República Checa certamente se deparou com uma estranha inscrição encontrada no famoso crucifixo da Ponte Carlos. Estranha porque não está escrita em latim, grego ou mesmo checo, mas sim em hebraico! Trata-se de um dos mais conhecidos episódios de tensão entre a Igreja Cristã e a comunidade judaica local.

 

Entre 1693 e 1700, tiveram lugar em Praga três julgamentos, conduzidos pelas altas autoridades do Estado e da Igreja. No primeiro, Elias Backoffen, um proeminente representante da comunidade judaica, foi julgado no Tribunal de Appelattus sob a acusação de blasfémia contra a Santa Cruz, que alegadamente teria feito através de uma carta codificada enviada a um amigo.

 

Depois de onze meses de procedimentos burocráticos, Backoffen foi considerado culpado e multado em 20 de Março de 1694, apesar do teor da carta nunca ter sido "descodificado". Ainda assim, o tribunal insistiu no seu carácter herético, descoberto através de uma "especial revelação do Todo-Poderoso". A multa seria usada para financiar a inscrição de letras douradas em caracteres hebraicos onde se lia: "Santo, Santo, Santo é o Senhor das Hostes" sob o corpo de Jesus no crucifixo - a frase é dita num dos momentos mais solenes da prece colectiva judaica durante os serviços religiosos: a Kedushá. A inscrição era uma simbólica humilhação e degradação dos Judeus de Praga uma vez que as palavras serviam para reverenciar o Deus Único de Israel e não o messias cristão.

 

A condenação de Backhoffen coincidiu com o início da investigação do caso Simon Abeles, um rapaz Judeu que, no Verão de 1693 teria fugido de casa e pedido que o baptizassem. Secretamente confiado aos cuidados de um Judeu convertido ao cristianismo, o rapaz foi então enviado para o Colégio de São Clemente onde os Jesuítas o prepararam para o baptismo. Entretanto o seu pai Lazar Abeles encontrou-o e levou-o de volta para casa. Os Jesuítas não levantaram qualquer objecção uma vez que o rapaz havia sido negligente no catecismo. Mais tarde se soube que a razão que levara o jovem Simon a procurar o baptismo não era de cariz teológica, mas sim fugir de um pai violento que se afastara dos mais básicos valores de amor paternal. Com o seu regresso, Simon continua a ser maltratado pelo pai regularmente.  Em 21 de Fevereiro de 1694 Simon é severamente espancado pelo seu pai e outro familiar de seu nome Lobl Kurtzhandel. A dada altura sofre uma pancada tão forte que cai desamparado e parte o pescoço. Os dois homens tentam esconder o trágico desfecho enterrando o corpo do rapaz.

 

Depois de encontrado, as autoridades ordenam a autópsia do jovem Simon e prendem seu pai, sua mãe Leah e o cozinheiro da família. Um informador acusa os três de envenenamento do rapaz que mais tarde se vem a provar não ser a causa de morte. Entretanto, Lazar Abeles enforca-se de forma a fugir à habitual tortura, deixando Lobl Kurtzhandel como único arguido a enfrentar o tribunal. Procedimentos inquisitoriais foram seguidamente orquestrados pelos Jesuítas que aparentemente tencionavam tirar partido do caso para fins religiosos, nomeadamente a beatificação do rapaz.

 

Sob pressão, o Tribunal de Appellatus fabrica a acusação de homicidio premeditado por ódio à Fé Cristã. Em 31 de Março de 1694, Simon Abeles é enterrado com honras de mártir, com grande pompa e circunstância por parte da Igreja de Nossa Senhora de Tyn em Praga.

 

Kurtzhandel é condenado a ser espancado até à morte na Roda de tortura e é executado a 16 de Outubro de 1694. Antes da sua morte confessou publicamente o homicidio, mas não a sua premeditação assim como um hipotético cariz religioso, apesar desta ser a única saída dada pelo tribunal para a não execução da pena. A tortura que sofreu antes da estocada final só terminou quando este aceitou ser baptizado.

 

Um terceiro caso famoso foi o da judia Juttel Gunzburg. Em 08 de Abril de 1699 dois homens degolam a mulher levando consigo jóias de sua pertença. O corpo é lançado ao Rio Vltava. Em 14 de Maio de 1699, o Tribunal de Appellatus sentencia Johann Fitzthum (estudante) a decapitação e o padre Johann Wunderlich a uma vida de clausura num mosteiro. O público, com base em sentimentos anti-Judaicos, pediu a sua libertação. Violentos distúrbios provocados por estudantes colegas de Fitzthum levaram ao adiamento execução até 29 de Outubro do ano seguinte.



publicado por Marco Moreira às 17:25
Domingo, 28 de Março de 2010

O que devemos pensar do «filho mau», que nos desafia a todos à volta da mesa do Seder de Pessah (Páscoa judaica) com a questão “O que esta práctica significa para vós?” Primeiro podem não se aperceber que o «filho mau» está a citar a Torah - Êxodo 12:26, para ser preciso. No seu contexto original (a primeira celebração do Pessah, na véspera do Êxodo do Egipto), a questão foi emoldurada como aquela que será colocada por futuras gerações, e recebe uma resposta frontal, uma explicação para o significado de Pessah.

 

A Haggadah, no entanto, vê a questão numa luz menos positiva, obviamente expressa com a catalogação do filho como sendo “mau”. Indica que perguntar o que Pessah significa para “vós” resulta da hostilidade do filho para com a comunidade. Somos instruídos para sermos amargos na nossa resposta ao filho e citar as Escrituras de volta para ele: “Foi por causa do que D’us fez para MIM quando EU fui libertado do Egipto” (Ex. 13:8) “Estivesses lá estado tu, «filho mau», terias sido deixado para trás.” Dois livros recentes usam a questão do «filho mau» como ponto de partida para ligações com a alienação de muitos Judeus contemporâneos com a sua comunidade.

 

David Mamet, no seu livro The Wicked Son: Anti-Semitism, Self-Hatred and the Jews (parte de uma fabulosa série da editora NextBook), começa com a premissa que “o mundo odeia Judeus” e assim sendo, todos os Judeus têm de escolher um dos lados: “Dentro ou fora”. Ele escreve que “a maldade do «filho mau»” significa que “ele não defende aqueles que o defenderiam”

 

Ele sente-se livre para tomar prazer da sua herança intelectual, o amor Judaico pelo estudo, e reverência pela realização; ele toma prazer, consciente ou não, da herança milenar da Lei Judaica e seus valores; ele toma prazer da sua vida, a qual lhe teria sido negada e a seus ancestrais na Europa que sofreram para partir, ele goza do direito de protecção da comunidade que ele nega e, apesar de tudo, papagueia “Os meus pais eram Judeus, mas eu não me considero Judeu.” (pág. 128-9)

 

No seu livro, Mamet procura direccionar uma chamada de atenção a este tipo de Judeus, dizendo a todos os «filhos maus» para deixarem de culpar a Comunidade Judaica pelas suas falhas e de terem orgulho na sua herança como descendentes de “reis e rainhas, uma nação sagrada e um reino de sacerdotes.” (pág. 180)

 

Uma resposta completamente diferente é oferecida por Mitchell Silver em Respecting the Wicked Child: A Philosophy of Secular Jewish Identity and Education. Ele observa que o “pecado” do «filho mau» é a expressão de alienação da tradição enquanto os outros filhos questionam como se celebra o Seder apropriadamente ou o seu significado. Notando que para Judeus liberais ou seculares, não é somente um desafio encontrar razões para manter a identidade Judaica.

 

Também é difícil superar razões contra manter a identidade Judaica. Os mais fortes argumentos para a assimilação advêm do Iluminismo liberal de uma humanidade comum universal. Nesta visão, tudo o que é significativamente humano é, ou procura ser, universal…

 

Silver toma uma visão muito mais positiva do «filho mau» que Mamet, escrevendo que “entre os Judeus contemporâneos há muitos «filhos maus», e merecem respostas que equivalem a mais que uma demissão tradicional desdenhosa.” (pág. 1)

 

O livro de Silver tenta fornecer uma base filosófica para uma identidade Judaica os valores liberais e seculares. A sua premissa é que “a questão do «filho mau» tem uma certa prioridade lógica e moral” sobre o «filho sábio» que consiste em compreender os detalhes da observância do Seder. Uma vez que o «filho mau» fica satisfeito com um entendimento mais geral “do que se trata, o desejo pelos detalhes seguirão. A transição de malvadez a sabedoria, da separação a comunhão, é natural” (pág. 189).

 

Pessoalmente gostaria de escolher um meio-termo entre a visão condenatória de Mamet e a abordagem celebrativa de Silver em relação ao «filho mau». Por um lado, a questão colocada por este é legítima. Afinal de contas, no Seder somos instruídos a convidar todos que têm fome a se juntarem a nós, e o «filho mau» poderá ser um convidado a quem tudo isto é estranho e – quem sabe – talvez nem seja Judeu? Pelo menos o «filho mau» presta atenção suficiente para colocar a questão! Por outro lado, quero levar a Haggadah a sério em mencionar o filho como «mau».

 

A resposta da Haggadah só faz sentido se ouvirmos na questão não somente a voz do Judeu alienado que tenta encontrar um lugar na comunidade, mas também a voz da apatia, da hostilidade, de um desafio para a legitimização do Seder de Pessah e para a comunidade de todos os presentes: “Prova-me que isto vale a pena ser feito, que devo-me considerar um de vós.” Ainda assim, apesar de a questão do «filho mau» ser confrontadora, prefiro tê-lo à mesa – desconfortavelmente irritado, talvez – em vez de não o ter presente de todo.

 

Gostaria de agradecer ao «filho mau» por se juntar a nós para o Seder, apesar deste ter sentimentos de alienação e fúria. Sugiro que – e aqui, penso que a Haggadah concorda comigo – todos os quatro filhos devem estar presentes na mesa. Devemos estar felizes quando o «filho sábio» pretende estar nesta mesma mesa em vez de preferir um Seder composto somente de outros sábios, mas estando disposto a sofrer com as questão do «filho simples» (provavelmente com muitos suspiros saturados). O «filho simples» também deve achar as questões meticulosas do «filho sábio» entediantes, enquanto espera impacientemente durante a explicação detalhada das leis do afikoman.

 

Penso que não devemos ser lestos a dispensar o «filho mau», assim como a ignorar o silêncio do «filho que-ainda-nem-sabe-perguntar», nem sequer ficarmos frustrados com as intermináveis questões do «filho sábio» e do «filho simples». Todas as vozes devem ser ouvidas. Prefiro um Seder onde a questão do “mau” é colocada, em vez de deixá-lo ir calado, recusando-me sequer a ouvi-la...



publicado por Marco Moreira às 00:37
Domingo, 17 de Janeiro de 2010

Durante o Shabbat, existe uma excepção para o cumprimentos dos 39 "trabalhos" proibídos. Chama-se Pikuach Nefesh, que significa no fundo, Salvar uma Vida. O exército israelita não é, nem de perto nem de longe, exclusivamente constituído por chilonim (judeus não-observantes das mitzvoth), no entanto mesmo os judeus religiosos que pertençam ao IDF estão permitidos pela lei religiosa a carregar uma arma, fazer fogo, etc... durante o Shabbat.

 

No passado Shabbat, em Port-au-Prince, soldados israelitas encontraram um homem vivo debaixo dos escombros desde Terça-feira, quando o terramoto de magnitude 7.0 arrasou o Haiti. Foi salvo por aqueles que são acusados insistentemente pela extrema-esquerda de ser um exército assassino.

 

Os haitianos parecem não comungar da mesma opinião de Francisco Louçã, Miguel Portas, Daniel Oliveira e outros que tais. E como uma imagem vale (quase) sempre mais que mil palavras aqui fica o video do salvamento e posterior agradecimento. Bom trabalho...

 



publicado por Marco Moreira às 23:37
Quarta-feira, 06 de Janeiro de 2010

 

O projecto Inquisição de Lisboa on-line, em curso no Arquivo Nacional da Torre do Tombo desde finais de Julho de 2007 e tornado possível pelo mecenato da REN - Redes Energéticas Nacionais SGP, S.A., está finalmente acessível ao público através da Internet.

 

O trabalho foi desenvolvido em várias vertentes, desde o imprescindível tratamento e descrição arquivística, passando pela intervenção curativa de alguma documentação, até à digitalização dos processos e dos livros da Inquisição de Lisboa, permitindo o acesso remoto e gratuito a uma vastíssima quantidade de documentos.

 

Poderão ser consultados gratuitamente, na WEB os registos descritivos e as respectivas imagens/objectos digitais, no endereço http://digitarq.dgarq.gov.pt/

 

Neste endereço poderá encontrar brevemente toda a informação técnica relativa ao desenvolvimento do Projecto, nomeadamente:

 

  • A descrição;
  • As intervenções de conservação;
  • A digitalização;
  • O storage;
  • Normas e procedimentos aplicáveis aos trabalhos de descrição e digitalização.

 

Um Projecto desta dimensão só foi possível com a mobilização de praticamente todos os recursos internos, tendo ainda necessidade de realizar concursos externos para o fornecimento de serviços: a) de numeração de 417.727 fólios de forma a permitir o controlo dos documentos durante a execução da digitalização e garantir a segurança da informação; b) preparação física de conservação de cerca de 50.000 fólios para assegurar a integridade/ inteligibilidade da informação no novo suporte; c) digitalização de 1.950.000 imagens a cores.

 

[ Via Arq. Nacional Torre do Tombo]



publicado por Marco Moreira às 13:56
 
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